domingo, 20 de janeiro de 2008

TUDO O QUE É MAU FAZ BEM (STEVEN JONHSON)

O ser humano é conservador por natureza e tudo o que é inovação é olhado com suspeitas. Temos tendência a achar que, até prova em contrário, o que é novo não serve e é melhor jogar pelo seguro. No que se refere à educação e às aprendizagens, muitos dos professores estão ainda a olhar desconfiados para as tecnologias que entraram já na escola, como é que vão aceitar que os jogos e certos programas de televisão podem de alguma forma trazer benefícios???
Steven Jonhson, defende os aspectos positivos dos jogos, e sugere que a cultura de massas está a tornar as pessoas mais inteligentes e as suas mentes mais ágeis. O autor afirma que, durante décadas, trabalhamos para assumir que a cul
tura de massas segue uma trajectória de declínio provavelmente porque as ‘massas’ anseiam por prazeres simples e porque os grandes grupos de media, na luta pelas audiências, querem dar às massas o que elas procuram. Mas, na realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a cultura está a tornar-se mais exigente, a nível intelectual, e não menos. As declarações de Steven Jonhson têm gerado controvérsias. Por um lado, surgem críticas ou pelo menos
há quem se questione sobre se esses benefícios suplantam os malefícios que uma ou outra fonte de entretenimento de massas provoca, a verdade é que, por outro lado, ou simultaneamente, vão aparecendo opiniões concordantes com as ideias que o autor defende.
Jonhson aponta ainda que, nos últimos 50 anos, tivemos de aprender a lidar com uma explosão de media, tecnologias e interfaces, desde o comando da televisão à Internet. E cada nova forma de media – sobretudo as visuais e interactivas – implica um desafio implícito aos nossos cérebros: temos de explorar a lógica da nova interface, seguir as pistas, perceber as relações (STEVEN JONHSON, 2006).
Tanto os jogos como certos programas de televisão ajudam a pensar e isso é sempre positivo.
Segundo Johnson (2006), todo o benefício intelectual de jogar vem dessa virtude fundamental, porque aprender como pensar é, no fim das contas, aprender a tomar as decisões acertadas. Decisões que vão sendo exercitadas, segundo o autor, durante as longas horas passadas em frente ao computador a jogar, mesmo que sejam jogos violentos. Essa actividade, na sua opinião, torna-nos mais inteligentes, e essas formas de entretenimento são estimulantes exercícios cognitivos.
STEVEN JONHSON. Tudo Que é Mau Faz Bem. Lisboa: FNAC, Colombo.
Temática Comunicação, Coleção Neurônios, Abril/2006.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A ESCOLA E A CIÊNCIA


A Escola é um espaço de formação e de cidadania.


Todavia, esquece-se que é um espaço de ciência e essa abordagem não é feita de uma forma clara nas escolas do nosso país.
A nossa escola tem uma tradição de longa data, ligada à formação técnica que se procura agora recuperar, numa componente cada vez mais científica.
Todavia, parece não haver por parte do Ministério da Educação, uma divulgação que suscite uma maior adesão a esse tipo de formação.
Até há quem diga que vivendo nós, num «país de doutores», há quem veja esses cursos de vertente técnica e científica, como desprestigiantes, passíveis de atribuir aos seus frequentadores um estatuto social inferior.


Essa é uma forma de abordar erradamente este tipo de ensino e de formação.


Não há melhor forma de sentir o efeito desta realidade, do que ouvindo alunos, professores , pais e encarregados de educação.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

GENIALIDADE


Até há quem diga que a preguiça não é um problema físico, porque o corpo até se move e procura acorrer a tudo que é doce, vantajoso, imediatamente rentável, fácil de obter, gratuito, etc.
Também há quem diga, que a preguiça é um problema que se instala na alma de pessoas, que esperam que a obediência seja uma forma de cumprir com os preceitos do cumprimento, evitando-se assim o amargo, o menos vantajoso, a rentabilidade a médio prazo, a dificuldade em se obter seja aquilo que for, em prol do sentido crítico e da capacidade de intervenção na sociedade.
Quantos génios se perdem por preguiça…pelo domínio dos génios da preguiça!..

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

TABACO


Bem se podia dizer assim: A PARTIR DE HOJE É PROIBIDO FUMAR NA ESCOLA

Todavia há quem conteste a nível nacional ainda, tal decisão, das tais que até são bem vindas, no escasso mundo das boas decisões que é aquele em que vivemos.
È sobretudo de louvar a enorme vantagem para os não fumadores, não terem que suportar o fumo dos fumadores.
Deveria ser uma oportunidade excelente para os que fumam, reflectirem sobre esta quase universal adesão à desmistificação do uso do tabaco.



No século XVI, os mendigos de Sevilha, na Espanha, que não tinham dinheiro para comprar os já tradicionais charutos, enrolavam em tiras de papel o conteúdo das pontas descartadas nas ruas. Dois séculos depois, o hábito espalhava-se por todo o planeta, movendo uma das indústrias mais ricas da história. Até poucas décadas atrás, o cigarro era até visto como um acessório elegante, mas entrou no século XXI como assassino de milhões.