quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

PLUMA POÉTICA


A minha poesia só termina quando o suor do teu corpo,
inicia um bailado de brilhos sobre o meu.
A minha poesia só tem fim quando o bater do meu coração me acorda!
Após o toque, o fogo e as cinzas, a minha poesia morre…

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Uma visão da evolução da utilização das TIC na Educação


A formação presencial está ligada à
escola tradicional existindo
dependência do espaço físico sendo
o factor tempo, expresso sobre a
forma de horários rígidos,
determinante.




O tradicional ensino assistido por
computador impõe um modelo de
conteúdo fixo e pode proporcionar
independência entre o tempo e o
espaço.








Os sistemas que surgiram baseados
na web
facilitam a actualização dos
conteúdos, mas mantêm uma fraca
interacção entre pares e reduzidas
iniciativas pedagógicas pelos
responsáveis da formação.






Os actuais sistemas
vulgarmente designados
por e-learning vieram
acentuar a dimensão
social da aprendizagem
e centrar no aluno a
responsabilidade pela
sua formação.




Deliciem-se com a prosa de BOCAGE

Diz a lenda que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu umbarulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, deparou com um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- "Doutor, afinal eu levo ou deixo os patos?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Reinício-2008/2009

Na selecção jogam os que cá estão.
É com esta nota que se inicia mais um ano lectivo, apesar dos incómodos das obras, necessárias sem dúvida.
Este espaço cá está para os comentários que todos entendam fazer, relacionados com este universo escolar em mudança.
Bom ano lectivo para todos

domingo, 7 de setembro de 2008

PORTEFOLIO

O que é um portefólio, qual a sua utilidade e como poderá organizar-se?
Um portefólio é mais do que um dossier onde se arquivam folhas, mesmo de natureza diversa e objectivos distintos.

Ele deve revelar o processo de aprendizagem do seu autor, reunindo todos os elementos que ponham em evidência a forma como esse processo decorreu: o que o aluno sabe, sabe fazer e as estratégias utilizadas para aí chegar. Por isso, deve reunir os trabalhos que contribuíram para uma melhor aprendizagem.Uma vez que pretende evidenciar, para além dos produtos finais, as tarefas intermédias que conduziram ao aperfeiçoamento das competências, o portefólio deverá incluir também reflexões pessoais sobre as actividades desenvolvidas. E para que se torne mais claro, devem os elementos a incluir ser datados.

Exemplos de documentos a incluir no portefólio:
◊ elementos de identificação do aluno;
◊ introdução;◊ índice;
◊ critérios de avaliação da disciplina;
◊ textos produzidos;
◊ outros textos escritos;
◊ fichas de leitura de obras lidas;
◊ relatórios;
◊ trabalhos de pesquisa;
◊ trabalhos de grupo;
◊ trabalhos de casa;
◊ fichas de avaliação e de trabalho;
◊ registos áudio, vídeo ou software com informações diversas;
◊ elementos de auto-avaliação;
◊ elementos de co-avaliação;
◊ textos de reflexão (do aluno, do professor e do encarregado de educação) sobre o trabalho desenvolvido;◊ outros documentos/materiais considerado importantes pelo aluno/professor.

Quanto à organização, visto que é um trabalho individual, a sua composição deverá obedecer a um gosto e critérios pessoais. No entanto, sugere-se que inclua diversas secções, com indicação do seu conteúdo, dentro das quais os trabalhos surgirão identificados e ordenados. O essencial é que seja respeitada a estrutura acordada com o professor.

terça-feira, 8 de julho de 2008

“A LIÇÃO” UMA ACTIVIDADE DA PLATAFORMA MOODLE

No dia 10 de Julho durante a tarde, realizar-se-à uma actividade promovida pela professora Teodora Passareiro, a fim de alertar os professores interessados, para a utilidade e manuseamento da actividade da plataforma Moodle; "A LIÇÃO".

Esta actividade, aprovada pelo CP, tem como objectivos:
- Desenvolver os conhecimentos e potencialidades nas TIC

- Promover o desenvolvimento sistemático de atitudes, conhecimentos e competências no uso da plataforma educativa MOODLE

- Desempenhar actividades com recurso à criação de uma actividade integrada na plataforma usada na escola, como forma de comunicação interpessoal com os alunos.

Para inscrição será colocada uma folha na sala de professores.

Mais informações contactar a professora: dora.ceu@gmail.com

segunda-feira, 19 de maio de 2008

PROJECTO COMENIUS

De 20 a 25 do corrente mês de Maio terá lugar na nossa Escola o Encontro final do Projecto Comenius « SE EU TE DISSER QUEM SOU, EU SEI QUE EXISTO».
Este Projecto teve a duração de 2 anos e envolveu, além da ESCOLA SECUNDÁRIA GABRIEL PEREIRA, uma escola alemã, LENAUGRUNDSCHULE de Berlim, uma escola turca, MERKEZ ILKOGRETIM OKULU de Canakkale e uma escola italiana ISTITUTO COMPRENSIVO “BUONARROTI”de Corsico ( escola coordenadora).
O Encontro será a oportunidade de apresentar os trabalhos realizados pelos alunos das várias escolas durante o corrente ano lectivo. Irão decorrer ainda reuniões dos professores para avaliação final do Projecto.
Os professores que integram o Projecto, Ana Agoas, Antónia Pereira, Élia Mira, Elisa Vieira, Maria João Leitão e Paula Ramalho, assim como o Conselho Executivo, convidam a comunidade escolar a visitar a exposição dos trabalhos que estará patente no Pavilhão A2 e no Museu.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Plataforma Sindical







A pedido de representantes da Plataforma Sindical, (colega Élia Mira), recebemos o pedido de publicação da seguinte iniciativa:






No dia 15 de Abril participaram na iniciativa Dia D, promovida pela Plataforma Sindical, 50 professores desta Escola.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

25 DE ABRIL DE 1974, NA ESCOLA


25 de Abril de 1974 - Fotografias de Alfredo Cunha - 22 de Abril a 8 de Maio
Exposição na Biblioteca da Escola Secundária Gabriel Pereira, com o patrocínio da Câmara Municipal de Évora e da Fundação Mário Soares





terça-feira, 15 de abril de 2008

Eleitos e alunos

















Novos encontros entre eleitos e alunos têm decorrido com grande participação, pelo que se publicam algumas fotografias relacionadas com a temática.

Assim, estiveram presentes em espaços e dias distintos os seguintes eleitos, que expuseram aos alunos os seus pontos de vista:


Drª Teresa Perdigão; Dr. João Oliveira;Vereadora Jesuína Pedreira;Dr. António Dieb

segunda-feira, 14 de abril de 2008

TELEMÓVEL, CIDADANIA E PEDAGOGIA

Não podemos e não devemos dizer, ‘desta agua não beberei’. É claro que o telemóvel pode ser incómodo no cinema, (tal como as pipocas ou a conversa) numa reunião ou numa aula expositiva. Mas parece-me claro que tudo depende do bom senso, que é como quem diz, da formação e consequentemente de regras clara e previamente estabelecidas.
A articulação constante com as famílias dos alunos é um aspecto que o docente não pode descurar, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula.
É nossa função, como educadores, professores e pais que somos, preparar o educando para o exercício da cidadania. Mais importante que a instrução é preparar os nossos jovens como pessoa humana. Para isso estes têm o direito a uma escola democrática e transparente.
O aluno tem que experienciar na escola, o mundo que o espera. Adquirir instrumentos para dar respostas às exigências da sociedade sem medo do novo e de mudanças. Aguarda-o a sociedade tecnológica, da informação e do conhecimento. Assim sendo, temos o dever de estar, também nós adultos, abertos, tolerantes e alerta para as transformações frequentes e galopantes da modernidade.
O telemóvel faz, cada vez mais, parte dessa sociedade em que estamos inseridos. Vivemos das e com as tecnologias de Informação. Elas constituem um desafio constante à sociedade e à escola, e estão em permanente evolução.
O PC, que ainda à pouco tempo era um ‘bicho de sete cabeças’ , começa já a ser substituído pelo portátil devido ao tamanho mas sobretudo à sua mobilidade, e o telemóvel, por sua vez, está a evoluir rapidamente para algo mais do que suporte de voz e texto. Este é um dos instrumentos tecnológicos que mais rapidamente chega à maior parte das pessoas e os jovens são os primeiros a vivenciá-los, por sua conta e risco.
É dos professores que se esperam novas dimensões de trabalho na sala de aula encontrando um equilíbrio no recurso às tecnologias emergentes, sem excepção, contextualizando, evidentemente, a sua utilização.
O professor não pode dizer - vou aderir às tecnologias mas… esta uso ou esta proíbo - conforme domina ou desconhece e receia. Pode isso sim, informar-se sobre elas e tentar encontrar estratégias integradoras, interactivas e interdisciplinares.
DORA

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ELEITOS E OS ALUNOS


6 de Março, 5ª feira, 15 horas, Sala 18.....


Mais um encontro inserido no ciclo de Encontros Informais entre Eleitos e Alunos, dinamizado pela equipa dos Projectos Europeus Comenius , no âmbito do Projecto « Se eu te disser quem sou, eu sei que existo», desta vez com a Presidente da Junta de Freguesia da Malagueira, Arquitecta Margarida Fernandes.
Presentes as turmas 11º H e 11º N e as professoras Élia Mira, coordenadora do Projecto e organizadora destes Encontros e Antónia Pereira.

Depois de uma breve introdução, em que a autarca nos transmitiu o entusiasmo e dedicação com que desempenha o cargo para que foi eleita, as perguntas e respostas sucederam-se, umas de cariz mais geral, outras mais pessoais: qual a composição da Junta, que funções tem, quais as maiores dificuldades que encontra no desempenho do cargo, que motivos de maior gratificação, que projectos pretende ainda levar a cabo, sobretudo para a juventude da Freguesia, o que a levou a dedicar-se à política, como entende esta actividade.....

A todas as questões a arquitecta Margarida foi respondendo de forma esclarecedora, acentuando sempre a necessidade da participação cívica, independente ou integrada num partido, e o enriquecimento pessoal e humano que a intervenção política possibilita.

Passou a hora e meia da sessão e apetecia ficar ali mais tempo à conversa, de tal modo foi interessante a forma como o encontro decorreu!

Por isso, agradecemos à arquitecta Margarida a maneira como nos mostrou, pelo seu testemunho, a nobreza e alegria com que a actividade política pode ser exercida!
Antónia Pereira

segunda-feira, 10 de março de 2008

INTERROGAÇÕES DE UMA PROFESSORA,PROCURANDO COMPREENDER PORQUE NÃO FAZ PARTE DOS 100.000...




8 de Março de 2008. 100 000 professores manifestam-se em Lisboa contra as políticas educativas do governo, em especial contra o novo modelo de avaliação de desempenho. É a maior manifestação de que há memória da classe docente e uma das maiores após o 25 de Abril.

E eu não estou lá! E devia estar! Todo o meu percurso, a minha história pessoal, o que acredito de mim mesma, indicariam que era lá o meu lugar, ao lado das pessoas com quem, desde há 27 anos, partilho os quotidianos que dão, em grande parte, sentido à minha vida.

Então porque não fui? O que me leva a não estar em sintonia com o sentimento de indignação de tantos milhares de colegas que desfilam por aquilo que convictamente acreditam ser a defesa da sua dignidade de profissionais? Colegas de todas as escolas do país, mais novos e mais velhos, contratados e efectivos, reformados, das mais variadas opções ideológicas e políticas, com as mais diferentes formas de estar na vida e mesmo na escola....Colegas que conheço, respeito e admiro porque sei que só a sua dedicação tem permitido que as escolas funcionem e milhares de crianças e jovens aprendam. E isto apesar de todos os governos e ministros, secretários e subsecretários de estado, directores gerais e menos gerais, assessores e adjuntos, comissões e comités, e etc., etc, etc....

Então, porque é que eu não me sinto ofendida por esta avaliação? Porque é que não sinto que combatê-la é defender a escola pública, o 25 de Abril no ensino, a Liberdade na educação, uma escola de qualidade? Porque é que não consigo deixar de sentir que há aqui um tremendo equívoco, um enorme mal-entendido?

Parto de princípio que posso estar errada (devo estar errada, com certeza...): se 90 % dos meus colegas estão contra esta avaliação, é estatisticamente pouco provável que quem a defenda esteja certo.....Ou não são estas as regras da democracia?....

Procuro razões para este meu posicionamento tão matematicamente anormal: será que os anos me tornaram menos crítica e mais permeável à propaganda do poder, será que tenho um défice de consciência profissional que me torna insensível a ataques óbvios e escandalosos à dignidade da minha profissão, será que por limitações de inteligência não estou a perceber as implicações gravíssimas da implementação desta avaliação nas escolas ou será que me acomodei numa inércia descrente de quem já viveu grandes movimentos de massas que se esfumaram sem deixar rasto?

Nenhuma destas razões me satisfaz, não encontro evidências no meu comportamento habitual que confirmem qualquer destas hipóteses: faço os possíveis por me manter razoavelmente lúcida, o meu QI está absolutamente dentro da média, tenho consciência bastante do meu estatuto como profissional, conservo, aos 50 anos, uns saudáveis laivos de idealismo..... E, quanto a comodismo, é bem mais incómodo ter uma opinião diferente de 100 000.......

Então porquê? Porque não estou eu no Marquês de Pombal a lutar contra uma tão monstruosa indignidade que movimenta tantos milhares de colegas meus, oficiais do mesmo ofício?





Se eu até concordo que houve uma total inépcia e falta de senso político na condução deste processo: como é possível pensar que se podem mudar práticas de décadas em tão pouco tempo, sem criar condições que dêem confiança às pessoas na credibilidade e seriedade dos processos? Como é possível dirigentes políticos serem tão cegos que não avaliem o impacto de mudanças tão profundas em profissionais que vêm acumulando frustrações e desencanto há anos e anos? Como se pode pensar que se muda um sistema tão sensível legislando em catadupa, num terramoto de decretos e despachos que ameaça desmoronar de vez o edifício já tão frágil? Como é possível ignorar que, às inevitáveis dores que as mudanças causam, há que juntar a esperança de que vale a pena?

Mas, apesar de considerar tudo isto, eu não estou no Terreiro do Paço.....

Releio o famigerado decreto-lei mais uma vez - “ instrumentos de registo elaborados e aprovados pelo Conselho Pedagógico”; “ indicadores de medida previamente estabelecidos pela escola para o progresso dos resultados escolares”; “objectivos individuais fixados por acordo avaliado/avaliador”; “ o docente tem direito a que sejam garantidos os meios e condições necessários ao seu desempenho” e etc, etc, etc....

E então, finalmente, percebo porque não estou ao lado dos 100 000: muito simplesmente, porque confio neles......
Porque o Conselho Pedagógico, que irá elaborar/aprovar as fichas que vão ser utilizadas na minha avaliação, é constituído por colegas meus; porque os indicadores de medida de acordo com os quais deverei definir os resultados esperados dos meus alunos, aferidos pelos resultados médios da disciplina e da turma, são estabelecidos pelo Projecto Educativo da minha escola; porque o professor titular/coordenador de departamento, que irá formular comigo os objectivos, assistir às minhas aulas e aplicar as fichas na minha avaliação, é meu colega; porque o Director Executivo que irá avaliar outros aspectos do meu desempenho, também é professor e, muito provavelmente, professor da minha escola; porque até a Comissão de coordenação da avaliação, que intervirá se houver discordância na avaliação, é constituída por colegas do Pedagógico.

Como posso discordar de um modelo de avaliação que assenta no juízo dos meus pares, colegas com quem trabalho todos os dias, que partilham comigo as dificuldades e problemas de um mesmo contexto socio-educativo, que me conhecem, a quem devo necessariamente reconhecer a competência, por serem professores como eu, para comigo debaterem construtivamente práticas e orientações, e assim me ajudarem a melhorar o meu desempenho profissional?

Em quem vou confiar então para me avaliar? Numa entidade externa, vidé inspector, que aterra um dia na minha aula e, sem me conhecer de lado nenhum, avalia o meu trabalho de acordo com uma qualquer grelha, inventada por um teórico da educação, que resultou muito bem na Finlândia, e que o ministério aprovou para ser aplicada uniformemente de Bragança a Faro?
Ou então num exame de três ou quatro horas, já agora feito na universidade, onde um júri constituído por conceituadas personalidades, que nunca deram uma aula a meninos como os meus alunos, ou puseram os pés numa escola semelhante à minha, vai judiciosamente avaliar se sou uma boa professora?

Ou vai ficar tudo como está? Ninguém seriamente pode defender essa posição....Ou então os anos e anos que ouvi de recriminações e críticas na sala de professores pela tremenda injustiça de um sistema que não diferenciava níveis de desempenho, foram meras alucinações minhas.....





E agora? O que espero? Do Ministério espero que tenha o bom senso de perceber que não se impõem reformas a partir de um gabinete da 5 de Outubro, mas também que tenha a firmeza de não recuar, por razões de popularidade, numa avaliação que, em meu entender, tem virtualidades para melhorar o sistema, se para tal forem criadas as necessárias condições; dos Sindicatos espero que não tentem aproveitar com objectivos partidários aquilo que é a justificada indignação de uma classe profissional que merecia mais respeito do poder; dos meus colegas, espero que tenham a necessária serenidade e lucidez para discernirem o que está verdadeiramente em jogo e que saibam canalizar a enorme energia e espírito de luta que demonstraram para conquistar a verdadeira autonomia que pode transformar a Escola portuguesa.

E de mim? Ora, de mim espero ter tranquilidade para levar o ano escolar o melhor possível até ao fim e não me angustiar demasiado com o facto de pertencer ao 1% que não pede a demissão da Ministra da Educação..........
Professora Antónia Pereira

segunda-feira, 3 de março de 2008

OS ELEITOS E OS ALUNOS


















Foi sugerido para publicação pela coordenadora dos projectos europeus a seguinte notícia:

No âmbito do Projecto Europeu «If I Tell You About Myself I Feel I Exist» decorreu na ESGP um ciclo de Encontros Informais entre Eleitos e Alunos.
O objectivo principal foi proporcionar aos jovens um melhor conhecimento do funcionamento do sistema democrático e aproximar os jovens dos eleitos locais e dos deputados que nos representam na Assembleia da República. Dia 26 de Fevereiro iniciou-se o ciclo com a deslocação da Drª Filomena Araújo, vereadora da Câmara Municipal de Évora.
A Srª Vereadora foi recebida pelo Presidente do Conselho Executivo , Professor Ananias Quintano, e pela Presidente do Conselho Pedagógico, Professora Ana Agoas, que integram activamente este projecto. A apresentação e moderação foi feita pela professora Élia Mira, à qual se juntou a Professora Antónia Pereira ,que também integra a equipa dos projectos europeus. Durante 90 minutos a conversa com os alunos do 11º G, da área de Humanidades, e dos alunos do Curso Profissional de 12º ano, manteve-se muito animada. O encontro foi dinamizado por questões de natureza variada que os jovens colocaram e o tempo soube a pouco...Agradecemos a disponibilidade e amabilidade com que a Drª Filomena acedeu a este nosso desafio e a lição de democracia que nos proporcionou.


Dia 4 de Março, esteve presente ainda para o mesmo efeito, no Auditório da Escola o Presidente da Junta de Freguesia de S.Mamede, Professor Carlos Grácio.
Durante 90 minutos a conversa manteve-se muito animada e correu ao sabor das questões colocadas pelos alunos e pelo discurso do Professor Carlos Grácio que muito cativou o grupo. Esclareceu acerca das funções, organização e principais dificuldades com que se defronta uma Junta situada no Centro Histórico, as relações entre as diversas forças partidárias que integram o executivo da Junta e da Assembleia de Freguesia, bem como a relação entre a Junta e a Câmara Municipal .
Procurou ainda sensibilizar os jovens para a necessidade de uma intervenção cívica empenhada, em que todos possam dar a sua contribuição para melhorar a qualidade de vida na sua cidade, ao mesmo tempo que se realizam mais plenamente enquanto seres humanos.Agradecemos a disponibilidade e amabilidade com que o Professor Carlos Grácio acedeu a este nosso desafio e a lição de democracia que nos proporcionou.

PROFISSIONAL, PORQUE NÃO?


O alargamento da formação escolar básica, até à universitária, veio preencher uma lacuna grave da nossa sociedade.
Primeiro, por razões que se prendiam com a necessidade de acabar com o analfabetismo viciante que o Estado Novo impunha, e depois da Revolução do 25 de Abril de 1974, com o objectivo de formar cidadãos uniformemente, permitindo a escolaridade para todos.
Hoje, todavia, cada vez mais se ouve falar de uma geração em saldo. Ou seja, jovens que, concluída a sua formação universitária, ficam no desemprego.
Salta à vista, para quem tem acompanhado o sistema de ensino que as boas intenções na qualificação dos portugueses, não foi acompanhada de uma planeada integração no mundo laboral.
Forma-se por necessidade óbvia de estabelecimento de níveis de cidadania cada vez mais conscientes, e isso é louvável, mas têm-se esquecido a integração dos jovens na vida activa.
Hoje, felizmente, o Ensino Público começa a dar sinais de querer aproveitar o tempo perdido e surgem cursos profissionais que poderão dar resposta a sensibilidades diferentes dentro das escolas e fora dela.
As empresas necessitam de pessoal especializado que vai rareando
As universidades precisam de laboratórios cheios de massa cinzenta que inove, e crie espaços de investigação que com certeza absoluta estão adormecidos no nosso país.
Para que esse salto se dê de facto, é apenas necessário que as famílias percam de vez o preconceito, associado ao facto de que a formação profissional não confere um estatuto que permita continuar a ostentar a vaidade que tanto nos caracteriza.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Projectos Europeus

Por informação da coordenadora dos Projectos Europeus, Professora Élia Mira:
Um grupo de professoras e alunos da ESGP encontra-se a participar num encontro do Projecto Europeu e-ICE, que decorrerá de 12 a 17 de Fevereiro em Vaduz, no Liechtenstein Nesta reunião estarão também presentes os alunos Lúcia Pereira do 11ºG e Nuno Boleto do 11ºH e as Professoras Ana Agoas e Maria João Leitão, bem como alunos e professores de Itália e França. Estão previstas diversas sessões de trabalho que versarão sobre A produção de Learning-Objects. A nossa escola ira apresentar dois trabalhos desenvolvidos no âmbito das disciplinas de Filosofia e História, respectivamente Kant e A Inquisição em Évora. Estes traballhos, cuja continuidade prosseguirá em Vaduz, podem ser visualizados nos seguintes endereços:http://www.prof2000.pt/users/mjoaol/Inquisite/Inqui.htm

http://www.prof2000.pt/users/mjoaol/KantSite/Kant.htm

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CARNAVAL




O Carnaval era um período de folias de origem pagã, que o Cristianismo integrou no seu calendário religioso como tendo início no dia de Reis a acabar nas vésperas da Quaresma.
Era o fim da relação do homem com a carne, iniciando-se o período de maior fervor religioso.
Os festejos populares do Carnaval tinham assim um duplo sentido: por um lado mundano e carnal, seguido de um outro de penitência e meditação sobre a existência de Cristo , sua morte e ressurreição.
Afinal falamos de festas que têm a sua origem na Antiguidade, e consequentemente antes do nascimento de Cristo, que acabaram por ser adaptadas ao mundo da temperança religiosa.
Eis um dos desígnios do homem. Nascer a brincar e viver a orar…

domingo, 20 de janeiro de 2008

TUDO O QUE É MAU FAZ BEM (STEVEN JONHSON)

O ser humano é conservador por natureza e tudo o que é inovação é olhado com suspeitas. Temos tendência a achar que, até prova em contrário, o que é novo não serve e é melhor jogar pelo seguro. No que se refere à educação e às aprendizagens, muitos dos professores estão ainda a olhar desconfiados para as tecnologias que entraram já na escola, como é que vão aceitar que os jogos e certos programas de televisão podem de alguma forma trazer benefícios???
Steven Jonhson, defende os aspectos positivos dos jogos, e sugere que a cultura de massas está a tornar as pessoas mais inteligentes e as suas mentes mais ágeis. O autor afirma que, durante décadas, trabalhamos para assumir que a cul
tura de massas segue uma trajectória de declínio provavelmente porque as ‘massas’ anseiam por prazeres simples e porque os grandes grupos de media, na luta pelas audiências, querem dar às massas o que elas procuram. Mas, na realidade, o que acontece é exactamente o oposto: a cultura está a tornar-se mais exigente, a nível intelectual, e não menos. As declarações de Steven Jonhson têm gerado controvérsias. Por um lado, surgem críticas ou pelo menos
há quem se questione sobre se esses benefícios suplantam os malefícios que uma ou outra fonte de entretenimento de massas provoca, a verdade é que, por outro lado, ou simultaneamente, vão aparecendo opiniões concordantes com as ideias que o autor defende.
Jonhson aponta ainda que, nos últimos 50 anos, tivemos de aprender a lidar com uma explosão de media, tecnologias e interfaces, desde o comando da televisão à Internet. E cada nova forma de media – sobretudo as visuais e interactivas – implica um desafio implícito aos nossos cérebros: temos de explorar a lógica da nova interface, seguir as pistas, perceber as relações (STEVEN JONHSON, 2006).
Tanto os jogos como certos programas de televisão ajudam a pensar e isso é sempre positivo.
Segundo Johnson (2006), todo o benefício intelectual de jogar vem dessa virtude fundamental, porque aprender como pensar é, no fim das contas, aprender a tomar as decisões acertadas. Decisões que vão sendo exercitadas, segundo o autor, durante as longas horas passadas em frente ao computador a jogar, mesmo que sejam jogos violentos. Essa actividade, na sua opinião, torna-nos mais inteligentes, e essas formas de entretenimento são estimulantes exercícios cognitivos.
STEVEN JONHSON. Tudo Que é Mau Faz Bem. Lisboa: FNAC, Colombo.
Temática Comunicação, Coleção Neurônios, Abril/2006.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A ESCOLA E A CIÊNCIA


A Escola é um espaço de formação e de cidadania.


Todavia, esquece-se que é um espaço de ciência e essa abordagem não é feita de uma forma clara nas escolas do nosso país.
A nossa escola tem uma tradição de longa data, ligada à formação técnica que se procura agora recuperar, numa componente cada vez mais científica.
Todavia, parece não haver por parte do Ministério da Educação, uma divulgação que suscite uma maior adesão a esse tipo de formação.
Até há quem diga que vivendo nós, num «país de doutores», há quem veja esses cursos de vertente técnica e científica, como desprestigiantes, passíveis de atribuir aos seus frequentadores um estatuto social inferior.


Essa é uma forma de abordar erradamente este tipo de ensino e de formação.


Não há melhor forma de sentir o efeito desta realidade, do que ouvindo alunos, professores , pais e encarregados de educação.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

GENIALIDADE


Até há quem diga que a preguiça não é um problema físico, porque o corpo até se move e procura acorrer a tudo que é doce, vantajoso, imediatamente rentável, fácil de obter, gratuito, etc.
Também há quem diga, que a preguiça é um problema que se instala na alma de pessoas, que esperam que a obediência seja uma forma de cumprir com os preceitos do cumprimento, evitando-se assim o amargo, o menos vantajoso, a rentabilidade a médio prazo, a dificuldade em se obter seja aquilo que for, em prol do sentido crítico e da capacidade de intervenção na sociedade.
Quantos génios se perdem por preguiça…pelo domínio dos génios da preguiça!..

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

TABACO


Bem se podia dizer assim: A PARTIR DE HOJE É PROIBIDO FUMAR NA ESCOLA

Todavia há quem conteste a nível nacional ainda, tal decisão, das tais que até são bem vindas, no escasso mundo das boas decisões que é aquele em que vivemos.
È sobretudo de louvar a enorme vantagem para os não fumadores, não terem que suportar o fumo dos fumadores.
Deveria ser uma oportunidade excelente para os que fumam, reflectirem sobre esta quase universal adesão à desmistificação do uso do tabaco.



No século XVI, os mendigos de Sevilha, na Espanha, que não tinham dinheiro para comprar os já tradicionais charutos, enrolavam em tiras de papel o conteúdo das pontas descartadas nas ruas. Dois séculos depois, o hábito espalhava-se por todo o planeta, movendo uma das indústrias mais ricas da história. Até poucas décadas atrás, o cigarro era até visto como um acessório elegante, mas entrou no século XXI como assassino de milhões.